Paroano 60 Anos

April 1, 2024

Ontem, o meu bloco Paroano Sai Milhó completou 60 anos! Salve o “sonho baiano” de Antônio Carlos Mascarenhas, o Janjão. Caetano Veloso nos chamou depois – vendo ao longe aquela pequena roda girando e cantando, aquela resistência acústica de palhaços em meio aos trios elétricos – de “oásis do carnaval baiano”. Enquanto morei em Salvador, por 20 anos estive nele, junto aos meus companheiros nesse “exército brancaleônico”, como bem apelidamos eu e Quico, que a partir de então sempre me chamou de “Titi Leônicos” rs.

ALEGRAR DÁ MAIS TRABALHO QUE EMOCIONAR

Quico, Arquibaldo Barreto, tem frases enigmáticas e lapidares. Uma delas, embora faça sentido, até hoje me intriga, e me recorda sempre o sentido profundo da existência/resistência do Paroano – que talvez só perca para o Demônios da Garoa em longevidade no Brasil: “alegrar dá mais trabalho que emocionar”. A alegria é um néctar divino, é corporal, sublime, vital. O Paroano espalha e vive de uma alegria verdadeira, que é combustível para quem canta dentro e fora da roda.

QUE PAROANO O PAROANO ESTEJA AQUI

Separei algumas fotos que guardei, da época em que fui produtor de 2 álbuns e “maestro” (aprendiz da sabedoria dos meus amigos) do grupo, e tantos outros momentos memoráveis, como o encontro com Daniela Mercury e Margareth Menezes. O Paroano, apesar de nunca perseguir os holofotes, está junto com esses ícones, marcado na história da cultura popular da Bahia. Quem sonhou esse “sonho baiano”, sempre repete no final, “que paroano o Paroano esteja aqui”!

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